terça-feira, 23 de julho de 2013

Médicos do Vale do Aço param nesta terça - feira

JVA ONLINE - IPATINGA - O presidente do Sindicato dos Médicos do Vale do Aço, Ronaldo Abreu e o conselheiro do CRM - Conselho Regional de Medicina, José Carvalhido Gaspar, falaram à imprensa em coletiva, na tarde desta segunda-feira (22), no bairro Horto, reafirmando a decisão de paralisação da categoria que presta atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Serão interrompidos nesta terça-feira (23) e também nos próximos dias 30 e 31, os procedimentos eletivos, sendo atendidos apenas os casos de urgência, emergência e obstetrícia.IPATINGA - O presidente do Sindicato dos Médicos do Vale do Aço, Ronaldo Abreu e o conselheiro do CRM - Conselho Regional de Medicina, José Carvalhido Gaspar, falaram à imprensa em coletiva, na tarde desta segunda-feira (22), no bairro Horto, reafirmando a decisão de paralisação da categoria que presta atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Serão interrompidos nesta terça-feira (23) e também nos próximos dias 30 e 31, os procedimentos eletivos, sendo atendidos apenas os casos de urgência, emergência e obstetrícia.
A paralisação foi definida em uma assembleia das entidades estaduais ocorrida no último dia 15. Cirurgias, exames e consultas agendados deverão ser adiados.

Segundo José Gaspar, a delegacia do CRM tem inscritos 1.396 médicos, para atender um contingente de 1.873 milhão de habitantes no Vale do Aço e adjacências, o que representa uma média de um médico para cada 700 habitantes, quando a relação preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de um médico para cada mil habitantes. Ou seja, a região está bem servida de profissionais. Ele diz que em Ipatinga estão cadastrados cerca de 585 médicos, para uma cidade com 239.468 habitantes, o que daria um médico para cada 400 habitantes, ou 2,5 médicos para mil habitantes. Somente nas três cidades-polo da Região Metropolitana - Coronel Fabriciano, Timóteo e Ipatinga - existem cerca de 1.100 médicos cadastrados.

Passeatas
De acordo com José Gaspar, a decisão regional é por adesão à paralisação nacional, sem atos de rua. Mas na capital haverá, além da greve, manifestações com passeatas. “A classe médica mineira se encontra em mobilização permanente na defesa intransigente da legalidade, boa prática da assistência à saúde, bem-estar e segurança do cidadão brasileiro. Além do plano de carreira médica, pedimos que haja mais investimentos na saúde. Por que só os municípios devem investir o recurso previsto por lei neste setor? Enviamos uma carta dos médicos para a presidenta Dilma Rousseff. Nela ratificamos nossas denúncias e repúdio às decisões anunciadas pelo Governo, como trazer egressos de escolas médicas do exterior, independentemente de sua nacionalidade, sem a revalidação de seus diplomas, e ainda a abertura indiscriminada de escolas médicas”.

O presidente do Sindicato dos Médicos, Ronaldo Abreu revela que na carta constam algumas das reivindicações da classe, como: aprovação urgente da PEC 454 em tramitação na Câmara dos Deputados, que prevê uma carreira de Estado para o médico, caminho adequado para estimular a interiorização da assistência, com a ida e fixação de médicos em áreas de difícil provimento; aprovação do projeto de lei de iniciativa popular Saúde + 10, que prevê que sejam investidos na saúde 10% da receita corrente bruta da União; anulação do Decreto Presidencial 7562, de 15 de dezembro de 2011, que modificou a Comissão Nacional de Residência Médica, gerando o sucateamento da formação de médicos especialistas no país; proibição da atuação de egressos de faculdades de medicina estrangeiras sem revalidação de seus diplomas com critérios claros e rigorosos, conforme a prática mundial e o previsto na legislação vigente”.
Abreu ressalta: “Defendemos, no caso dos médicos estrangeiros, o uso do Programa Revalida, do Governo Federal, em seus moldes atuais e que eles falem o português fluente; reivindicamos também a vistoria nas principais unidades de saúde do país, corrigindo a precariedade da infraestrutura de atendimento que afeta pacientes e profissionais”.

“Não somos contra a vinda desses médicos estrangeiros com objetivos profissionais” – ele acrescenta. “Mas exigimos que eles cumpram alguns critérios de avaliação. Sem os devidos critérios a lei mostra-se ainda mais danosa, ao desviar do foco de atenção os problemas fundamentais do setor de saúde”, argumenta.
Ainda conforme o médico, “existe no país a insuficiência de financiamento, com consequente falta de infraestrutura, equipamentos e condições mínimas para o exercício profissional. Trata-se, pois, o programa ‘Mais Médicos’, de uma proposta que não vai resolver o problema dos médicos e de uma população já tão castigada pela falta de assistência à saúde, ainda que essa seja direito de todos, com o devido amparo da Constituição Brasileira.

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Informativo Vale do Aço