terça-feira, 2 de julho de 2013

Manifestantes desejam parar o país até Quinta

Ideia é que em 48 horas o Brasil fique desabastecido de combustível, comida, tudo, diz presidente nacional de movimento
JVA ONLINE -Caminhoneiros fecharam desde os primeiros minutos desta segunda-feira (1º), o transporte de cargas pela BR-381, entre o Vale do Aço e Belo Horizonte e também em diversas outras rodovias no Estado. A ideia dos manifestantes, que se organizaram pela Internet em nível nacional, é parar o Brasil, sem a realização das viagens e abastecimento de alimentos e combustível, até que consigam iniciar a negociação com o governo federal. Barateamento de combustíveis, isenções de pedágio e duplicação de trechos de estradas ainda desassistidos estão entre as reivindicações. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os bloqueios estão restritos ao tráfego de caminhões. A passagem de carros de passeio e de ônibus e caminhões com carga perecível e perigosa está liberada.

A proposta do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) é de que os 2,5 milhões de caminhões do país não façam viagem no período entre 6h de segunda-feira e 6h de quinta-feira, o que deve gerar prejuízos incalculáveis para todos os setores. “A partir de 48 horas de paralisação, o Brasil fica desabastecido. Vai começar a faltar combustível, comida, tudo”, diz o presidente nacional do MUBC, Nélio Botelho.

Botelho diz que a intenção não é impedir o fluxo nas rodovias, mas, sim, suspender as viagens e forçar o governo a negociar. Em Minas Gerais, o coordenador do MUBC, Geraldo Assis, comandou o fechamento parcial das BRs 381 e 040. A paralisação envolveu veículos de carga, ficando uma pista livre para o tráfego de veículos menores, mas não sem provocar enormes congestionamentos no trajeto.

O trânsito na BR-381 foi parado nos dois sentidos em Igarapé, na Grande BH, na altura do km 513. A rodovia foi tomada por caminhões por volta das 0h25. Em João Monlevade, os motoristas estacionaram veículos na estrada perto de um posto de combustíveis no km 359 às 3h. O trânsito para caminhões ficou interditado nos dois sentidos. Também no km 365, em São Gonçalo do Rio Abaixo, há manifestação de caminhoneiros, além de Antônio Dias, no km 29, onde um pequeno grupo de manifestantes chegou a invadir também a linha férrea, sendo contido por funcionários da Vale e adeptos do próprio manifesto. No trevo de Realeza, entre a Rio-Bahia e a BR-262, a pista também foi totalmente fechada por cafeicultores, que reivindicam melhores preços do café. Somente após as 16h o trânsito foi liberado.

Nesses pontos, os veículos de passeios tiveram que passar pelo acostamento. Houve manifestação ainda na BR-116, Km 406, em Governador Valadares.

REIVINDICAÇÕES
Os caminhoneiros pedem subsídios para baratear o óleo diesel e isenção para caminhões do pagamento de pedágios em todas as rodovias, o que, de acordo com eles, reduziria o custo com frete e, como reflexo, iria baratear o preço dos produtos em geral. Eles querem ainda a criação da Secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas, vinculada diretamente à Presidência da República, nos mesmos das atuais Secretarias dos Trabalhadores e das Micro e Pequenas Empresas.

Outra reivindicação é a alteração na Lei 12.619 que estabelece 11 horas de descanso ininterruptas. A categoria reivindica apenas oito horas seguidas de pausa. A categoria também quer discutir questões como soluções a atuação de transportadores ilegais. Nélio Botelho diz que haverá adesão em massa da categoria, já que o movimento foi aprovado por unanimidade nas assembleias realizadas

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Informativo Vale do Aço