Grupo pretende levar abaixo - assinado ao Ministério Público semana que vem.
DIÁRIO DO AÇO - TIMÓTEO: A possível reforma da
igreja São José em Timóteo, ainda deve render muita polêmica. Mesmo após
a decisão judicial, que proíbe qualquer intervenção nas características
originais do templo religioso, uma comissão formada por fieis da
paróquia São José pedem a anulação da decisão. O movimento intitulado
“Pró Adaptação e Melhoria da Igreja Matriz São José”, está recolhendo
assinaturas em favor da reforma da igreja.
Movimento defende a reforma da igreja e acrescenta que 30 dias para reparo na parte elétrica é descabível. |
O assunto ganhou repercussão em julho do ano passado, após publicação sobre o projeto de reforma da igreja, defendido pelo
pároco Pascifal José. Embora o projeto arquitetônico ainda não esteja
pronto, o religioso adiantou que o objetivo é ampliar o espaço interno.
Populares temem que essa intervenção modifique a fachada da igrejinha,
como é muito conhecida. O assunto foi tema de protestos e discussões nas
redes sociais. Há cerca de duas semanas, a pedido do Ministério Público
de Minas Gerais (MPMG), a Justiça deferiu liminar proibindo qualquer
intervenção na igreja, que possa resultar em sua descaracterização. A
liminar também determina reparos em toda a rede elétrica do imóvel, no
prazo máximo de 30 dias, sob pena de interdição do prédio.
Diante da decisão oficial, um grupo de frequentadores e fieis atuantes
na Igreja Católica iniciou um movimento em favor da reforma. O primeiro
passo da comissão formada por oito pessoas é a realização de um abaixo
assinado distribuído nas comunidades de todo o município.
O grupo tem percebido o interesse de várias pessoas favoráveis à
iniciativa e com isso tentar sensibilizar a justiça. “A igreja não pode
ter lado, mas nós queremos chegar a um acordo para que aqueles que não
entendem ou não conhecem a necessidade da ampliação, possam
compreender”, declarou Maria Inês Silva Barros, coordenadora do
movimento.
Ela contesta o prazo de 30 dias exigido para a reforma da rede
elétrica. “É preciso fazer um projeto, uma licitação, existe todo um
processo antes de iniciar alguma reforma e 30 dias é muito pouco, para
cumprir essa exigência”, argumentou.
A irmã Maria da Conceição Aparecida vive há mais de 50 anos a realidade da paróquia. Para ela, a reforma é urgente e vai garantir mais conforto e segurança para o povo. “Essa reforma é necessária e urgente, a gente que participa durante esses anos todos, temos visto como a comunidade cresceu, principalmente nas missas à noite, quando o povo tem dificuldade de locomoção aqui dentro”, defendeu.
Conforme a comissão, a igreja comporta cerca de 300 pessoas sentadas,
mas aos domingos o público é de 1.300 a 1.500 pessoas e em dias de
festividades, esse número chega a três mil. “É uma necessidade até pela
liturgia da igreja e suas celebrações, isso sem contar na parte de
acessibilidade para idosos e deficientes”, disse Matusalém Pinto da
Silva, membro da comissão.
Conforme a comissão do movimento, a advogada da Paróquia tem cuidado da
defesa jurídica, na tentativa de revogar a liminar contra a reforma. A
partir do próximo dia 15 de fevereiro, o abaixo assinado deve ser
entregue ao Ministério Público. Além disso, outras mobilizações com
passeatas e centrais para recolher novas assinaturas serão realizadas em
todos os finais de semana, em vários bairros. O primeiro ato será no
próximo sábado, com uma passeata saindo da igreja São José às 10h.
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